06 setembro 2016

Por quê privilegiar as espécies nativas


A floresta nativa é mais resistente e resiliente ao fogo. Além disso, pode atrasar a expansão deste. Várias evidências saem de trabalhos de distintas equipas de investigação. Alguns exemplos:

A sabedoria popular assume que alguns tipos de floresta, nomeadamente as folhosas caducifólias (como o castanheiro, o bidoeiro e o carvalho-alvarinho, por exemplo), modificam o comportamento do fogo limitando a sua expansão. Estudos vários sobre a modelação do fogo e sobre a seletividade do fogo na Península ibérica apoiam esta hipótese (Fernandes, 2013).
Os povoamentos florestais mais propensos ao fogo são os de pinheiro-bravo seguidos dos de eucalipto e os menos propensos são os de sobreiro, castanheiro, azinheira, pinheiro-manso. Esta propensão está fortemente relacionada com a carga de combustível acumulada em cada um dos tipos de povoamentos (Silva et al, 2009).
A presença de espécies folhosas diminui o risco de incêndio em áreas florestais, quando em comparação com a presença de povoamentos de pinheiro-bravo e eucalipto (Marques et al, 2011) (Moreira et al, 2009).
Após o fogo, uma floresta de folhosas mostra menos danos (menor mortalidade) e maior resiliência (capacidade de recuperação) do que um povoamento de pinheiro. Esta resistência e resiliência das folhosas garantem uma maior estabilidade na manutenção dos processos ecológicos e fornecimento de serviços dos ecossistemas (como sequestro de carbono, formação de solo, regulação do ciclo hidrológico, entre outros). Em consequência, é fundamental aplicar medidas de gestão que acelerem a regeneração natural das florestas de folhosas em áreas de maior risco de incêndio e integrar espécies folhosas em novas plantações, de modo a aumentar a resiliência e resistência ao fogo (Proença et al, 2010).
A perspetiva de redução da incidência de fogos num cenário de alterações climáticas é pouco expectável. Assim, há que investir estrategicamente na gestão inteligente do fogo que mitigue a sua severidade na paisagem, dando prioridade aos tipos de vegetação que são mais resilientes ao fogo, muitas vezes apesar da sua inflamabilidade (como é o caso do sobreiro, cuja mortalidade é mínima, recuperação da copa é rápida e regeneração abundante). (Fernandes, 2013) (Silva and Catry, 2006)
Uma parte da solução para os incêndios passa por reflorestar com espécies menos propensas ao fogo (folhosas caducifólias), em vez de deixar o território dominado por espécies mais aptas ao mesmo (Moreira et al, 2011).

01 setembro 2016

Replast

Já sabemos que os oceanos estão extremamente poluídos e que é urgente encontrar uma solução para a sua limpeza. No entanto, é também necessário criar formas de tratar esses resíduos.  A empresa americana ByFusion parece ter encontrado uma solução sustentável para estes resíduos - o tijolo replast.
A tecnologia foi uma ideia genial do inventor e engenheiro neozelandês Peter Lewis, e seu processo envolve uma plataforma modular que comprime os restos de plástico em blocos de várias formas e densidades, possibilitando a construção como a realizada com os Legos. 
Replast ( Fonte:http://www.stylourbano.com.br)

O sistema de fabrico é portátil e pode ser transportado para qualquer lugar do mundo, e utiliza energia elétrica ou gás. Também não necessita que o plástico seja selecionado ou lavado. 
Para saber mais aqui.

11 agosto 2016


A Índia tentou um feito digno do livro do Guinness, ao cultivar o maior número de sementes de árvores durante um período de 24 horas. Ao lançar para a terra 50 milhões de plantas, a região indiana de Uttar Pradesh, superou o recorde do Paquistão, de 847,275 árvores, estabelecido no ano de 2013.

Em declarações à Associated Press, o chefe de Estado, Akhilesh Yadav, afirma: “O mundo está a aperceber-se que são necessários sérios esforços para reduzir as emissões de carbono, e assim minimizar os efeitos nas alterações climáticas a nível mundial. Uttar Pradesh está a dar o primeiro passo nesse sentido.”

Às mais de 800 mil pessoas que se juntaram na região, foram distribuídas milhões de amostras para serem plantadas em locais específicos, como estradas, caminhos-de-ferro e áreas florestais.

Em Dezembro passado, na convenção de Paris, o governo indiano prometeu fazer a sua parte no acordo e aumentar a sua área florestal para os 95 milhões de hectares até 2030. As autoridades indianas destinaram já 6,2 mil milhões de dólares para o efeito e, estão também a incentivar as restantes regiões a juntarem-se a Uttar Pradesh nesta reflorestação do país.

Fonte : Green Savers